EURIDES BRITO É MEMBRO DA IGREJA ADVENTISTA DE BRASÍLIA
A deputada distrital evangélica Eurides Brito (PMDB) sofreu ontem sua primeira  derrota no processo de cassação de mandato por suposto envolvimento no  esquema do mensalão no Distrito Federal. A Comissão de Ética e  Decoro da Câmara Legislativa aprovou, por unanimidade, o relatório que  recomenda a perda do mandato de Eurides. Ela ficou conhecida como  "deputada da bolsa", por aparecer num vídeo em que recebe maços de  dinheiro de Durval Barbosa - ex-secretário de Relações Institucionais e  delator do esquema - e os coloca na própria bolsa. 
Agora,  com a votação concluída no Comissão de Ética, o processo seguirá para a  Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que tem o prazo máximo de  cinco sessões para avaliar o pedido. Se aceito, vai para o plenário da  Casa, onde são necessários 13 votos para aprovar a cassação da  parlamentar. Eurides nega participação no esquema de corrupção, sob a  alegação de o dinheiro recebido era para pagar despesas da campanha de  2006.
A deputada não quis renunciar ao mandato antes da abertura do  processo de cassação. Outros dois colegas de Câmara envolvidos no  episódio, Leonardo Prudente (sem partido) e Júnior Brunelli (PSC), -  são evangélicos e também foram flagrados em vídeo recebendo dinheiro de Durval - abriram mão da  cadeira de deputados e escaparam de uma investigação interna por quebra  de decoro parlamentar.
Mensalão
O esquema do "mensalão do Distrito Federal" veio à tona em novembro do ano  passado, por meio da operação "Caixa de Pandora", realizada pelo  Ministério Público e pela Polícia Federal, que mostrou desvio de  dinheiro público na gestão de José Roberto Arruda com a participação das  empresas contratadas por seu governo. A propina era dividida entre  deputados aliados e políticos do alto escalão do Distrito Federal.  Arruda passou dois meses preso e foi cassado por infidelidade partidária  depois de ser obrigado a deixar o seu partido para evitar a expulsão da  legenda.
Ontem, o procurador-geral de Justiça do Distrito Federal, Leonardo  Bandarra, entrou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal  (STF) contra o Conselho Nacional do Ministério Público, que o investiga  por suposto envolvimento com o esquema. Bandarra alega cerceamento de  defesa. Argumenta que, para se defender, não teve acesso a todos os  documentos usados na sindicância da Corregedoria do MP do DF que apontou  indícios de ligação dele com as irregularidades.
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