EDITORA MUNDO CRISTÃO FARÁ 100 MIL EXEMPLARES DA OBRA
Será lançada neste mês uma das biografias com maior tiragem em 2010: “Marina”, que conta a história da senadora Marina Silva (PV-AC). Escrito pela jornalista evangélica Marília de Camargo César, o livro será publicado por uma editora também evangélica (Mundo Cristão) e terá uma tiragem inicial de 100 mil exemplares.
A autora do livro disse à que “Marina chorou várias vezes nas entrevistas”. Com formato de livro-reportagem, “Marina” conta a história da senadora desde a vida no seringal, a luta pela saúde, o ingresso em movimentos militantes, a carreira política e a luta em favor do meio ambiente. O prefácio é do cineasta Fernando Meirelles, que define Marina como “boa escutadora, que conhece e respeita o peso das palavras e as usa com coerência, precisão e propósito”. Segundo Mark Carpenter, diretor da editora Mundo Cristão, o livro vem sendo produzido há dois anos, época em que o contrato foi assinado e quando a senadora ainda era ministra do Meio Ambiente.
A trajetória de Marina não é marcada apenas pela luta política, mas também pela debilidade física (foi vítima de hepatite, leishmaniose e consequente contaminação com mercúrio) e por uma profunda transformação espiritual (queria ser freira, mas se tornou evangélica da Igreja Assembleia de Deus).
Um dos capítulos do livro traz o depoimento de Fábio Vaz, esposo de Marina. Ele conta como ela deixou o ateísmo marxista e retornou à fé cristã. “Ela chegou a me dizer que Deus não existia. Ela diz hoje que, no fundo, acreditava em Deus, mas publicamente defendia que a religião era a utopia do povo. Aquele discurso marxista era de consenso. Todos aderiram a isso. A gente se converteu a essa visão; era o que todos nós consumíamos”, afirma.
Em entrevista à revista “TPM” (13 de novembro de 2009), Marina afirmou nunca ter sofrido preconceito por causa da cor, por ser pobre ou por ter trabalhado como empregada doméstica. Mas por ser evangélica, sim. “As pessoas têm uma visão preconcebida [...]. Preconceito é quando você generaliza uma coisa: se você é evangélico, é conservador.”
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