sábado, 14 de julho de 2012

IGREJAS DA GUATEMALA DEBATEM SOBRE DIREITOS SEXUAIS

IGREJAS SÃO CONFRONTADAS COM DADOS SOBRE ABORTOS NO PAÍS
Dos 47,5 mil partos de mães com menos de 19 anos de idade registrados em 2010 na Guatemala, 5,3 mil foram de meninas com menos de 15 anos, informou o representante do programa de Saúde Reprodutiva do Fundo de População e Desenvolvimento das Nações Unidas (UNFPA), médico Afastando Silva.
O médico participou da Consulta Nacional sobre Igrejas e Direitos Sexuais e Reprodutivos, organizada pelo Conselho Latino-Americano de Igrejas (CLAI) e reunida na Cidade da Guatemala, de 26 a 28 de junho. Embora seja legalmente um delito manter relações sexuais com pessoas menores de idade, não existe no país uma estatística de punições de responsáveis por tais atos.
Silva estima que a cada ano são realizados 65 mil abortos e que 21 mil mulheres são hospitalizadas para receber tratamento por causa de complicações derivadas dessas intervenções. A proporção é de um aborto para cada seis partos, disse, arrolando, ainda, que um terço das gravidezes não é planejada.
A Guatemala é uma das 11 nações da região que receberam consulta sobre direitos sexuais e reprodutivos, tema da 6. Assembleia Geral do CLAI, que terá lugar em Havana, de 19 a 24 de fevereiros de 2013.
Participaram da Consulta 38 pessoas, homens e mulheres líderes das igrejas Episcopal, Metodista, Presbiteriana e Católica, do Conselho Ecumênico Cristão da Guatemala e do Centro de Estudos Pastorais na América Central.
O bispo diocesano da Igreja Episcopal e presidente da Mesa Nacional do CLAI na Guatemala, Armando Guerra, afirmou que as igrejas deveriam fazer todo o esforço possível para trabalhar, intensamente, para que sejam espaços seguros onde mulheres, homens e crianças possam se sentir protegidos.

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