segunda-feira, 7 de maio de 2012

CUBANOS SOFREM INTIMIDAÇÃO DO GOVERNO

Bispo Juan Gerardi

MILITANTES DE DIREITOS HUMANOS SÃO AMEAÇADOS POR SETORES CASTRENSES

O coordenador do Escritório de Direitos Humanos do Arcebispado da Guatemala (ODHAG), Nery Rodenas, denunciou, em coletiva de imprensa, ameaças e intimidações de setores castrenses contra o organismo e as comemorações que lembram o décimo quarto aniversário do assassinato do bispo Juan Girardi.
O evento, organizado pela Igreja Católica, reuniu representantes de organizações religiosas, populares e ativistas dos direitos humanos na capital guatemalteca.
Rodenas revelou que na véspera das comemorações, o oficial reformado Francisco Escobar Blas ameaçou militantes da ODHAG durante audiência com deputados, quando trataram da designação do novo procurador de Direitos Humanos.
Escobar Blas, que está sendo processado acusado de participação na execução de Gerardi, acusou na audiência a ODHAG de ser um corpo ilegal e aparelho clandestino de segurança.
O arcebispo metropolitano, Oscar Vian, manifestou-se surpreso com as intimidações dos militares e lamentou que a data tenha sido utilizada para ataques como o perpetrado por Escobar Blas para atacar, desqualificar, distorcer e confundir a opinião pública com suas ameaças.
Gerardi, 75 anos, foi assassinado na noite do dia 26 de abril de 1998, quando estava na casa pastoral da igreja San Sebastián. Dois dias depois da morte do bispo, a ODHAG apontou os militares como mandantes e executores do assassinato e também responsabilizou-os pelas violações aos direitos humanos que ocorreram no país durante a guerra interna.
A cada ano, milhares de fiéis, alunos de escolas religiosas e ativistas de direitos humanos visitam a cripta das catacumbas da Catedral Metropolitana, onde Gerardi está enterrado. Neste ano, na quinta-feira, 26, foi realizada a “Marcha do Silêncio”, sob o lema “Pela paz e a memória”. Uma multidão portando velas acesas marchou da Catedral Metropolitana até a Paróquia de San Sebastián.

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