PRÉ-CANDIDATA A PRESIDÊNCIA É EVANGÉLICA
A atuação de Marina Silva na questão ambiental e sua trajetória, de uma infância pobre em um seringal até o Congresso, costumam chamar a atenção da imprensa internacional.
Nesta semana, a revista britânica The Economist publicou um perfil sobre a pré-candidata, em que afirma que a candidata do PV à Presidência, Marina Silva, é do tipo de político que ocasionalmente surge com princípios demais para uma disputa eleitoral em países como Brasil.
A imprensa americana já afirmou que Marina Silva, se eleita, seria a primeira mulher e primeira negra a presidir o Brasil. Questionada sobre essa bandeira, a pré-candidata disse que sempre se considerou negra, mas que essa discussão deve entrar "no conjunto das ações de um país como o Brasil, que tem o desafio histórico de reparar em relação aos negros e em relação aos índios".
Marina Silva, que é evangélica, disse que nunca foi alvo de preconceito por ser negra ou mulher, mas sim por sua religião.
"Nunca me senti sofrendo preconceito em função de ser negra ou ser mulher", afirmou. "Eu tenho identificado isso nos últimos 13 anos em função da minha posição espiritual, o que é muito estranho, as pessoas parecem que a priori já querem te rotular, me parece aí sim um viés de preconceito religioso."
Questionada sobre o papel de sua religião na disputa pela Presidência, a senadora disse que "o fato de ser cristão, evangélico ou católico, não significa que você queira utilizar a condição de agente público para promover qualquer credo religioso".
"O Estado brasileiro é um estado laico, e graças a esse Estado laico os evangélicos foram favorecidos. Agora, Estado laico não é Estado ateu, é exatamente para favorecer a posição de crentes e não-crentes", disse. BBC Brasil
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