Liderados pelo PR, os aliados do palanque de Ricardo Ferraço (PMDB) ao governo do Estado – PDT/PSC/PP/PRB – se reuniram, ainda na semana passada, após o anúncio da retirada da candidatura do vice-governador da corrida sucessória e lançamento de seu nome ao Senado. Excluídas do processo, as lideranças partidárias expressaram sua revolta articulando uma saída para o cenário montado em Brasília.
O encontro extrapolou a questão partidária e reuniu figuras políticas insatisfeitas – como o pai de Ricardo Ferraço, deputado estadual Theodorico Ferraço (DEM), e Gerson Camata (PMDB) - e caminha para agregar o ex-governador Max Mauro. O objetivo é encontrar uma nova solução para o Espírito Santo.
O grupo está insatisfeito com o fato de o governador Paulo Hartung não ter discutido com os aliados os resultados da reunião da terça-feira em Brasília, passando a impressão de que fora o articulador da mudança. Para estas lideranças, o governador acabou se transformando em porta-voz de uma notícia política fúnebre.
A insatisfação atinge também o vice-governador Ricardo Ferraço, que, para os integrantes do grupo, posou na coletiva dessa terça como o representante das forças políticas que o apoiaram desde o ano passado, o que na verdade não mais representa. A expectativa dos aliados era de que o vice-governador se indignasse com a mexida e lutasse por sua candidatura, em vez de aceitar pacificamente a exclusão.
Um outro movimento resultante do encontro tem a intenção de avaliar a possibilidade de o grupo lançar a candidatura do senador Magno Malta ao governo. Esta semana uma pesquisa de intenção de votos será feita a pedido dos partidos para medir as chances de Malta em uma eventual entrada na corrida ao governo.
O nome do senador agregaria as forças insatisfeitas com o governo Paulo Hartung. Isto porque o grupo entende que o crescimento de Casagrande se deu exatamente pelo fato de ter sido excluído do grupo palaciano. Com a reviravolta no cenário eleitoral, Casagrande passou a representar o palanque governista e os votos que acumulou fora do bloco tendem a se dispersar.
Neste sentido, o senador Magno Malta pode, na opinião do grupo, reivindicar esses votos, afinal foi ele quem iniciou o discurso da insatisfação com o arranjo do governador, quando passou a ser considerado um candidato inconveniente. Malta agora pode correr por fora, assumindo o papel de excluído do processo sucessório.
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