O ex-deputado distrital evangélico Júnior
Brunelli (sem partido), que ficou conhecido nacionalmente ao ser flagrado em
vídeo fazendo a "oração da propina",
se entregou à polícia por volta de 12h deste domingo, 27 de maio. Brunelli é
suspeito de chefiar um esquema de desvios de recursos que somam quase R$ 2
milhões.
Brunelli se entregou na 5ª Delegacia de
Polícia da região central de Brasília, para fugir da imprensa, que esperava que
ele se entregasse na DECO (Divisão de Repressão ao Crime Organizado), que
investiga o caso. Segundo a polícia, essa foi uma das exigências do
ex-deputado.
Ele foi interrogado durante toda a tarde
e depois ficará em uma sala especial, no primeiro andar da 5ª DP. Brunelli é
advogado e, segundo a defesa, essas são condições que a OAB-DF (Ordem dos
Advogados do Brasil do DF) defende que sejam respeitadas entre os inscritos.
Brunelli estava sendo procurado desde as
6h da manhã da última sexta-feira, 25 de maio, pela Operação Hofini, da DECO
(Divisão de Repressão ao Crime Organizado).
De acordo com as investigações da DECO,
Brunelli seria o chefe de uma quadrilha que teria desviado R$ 1,7 milhão em
2009. O ex-deputado teria pedido esse valor à SEDEST (Secretaria de
Desenvolvimento Social e Transferência de Renda) para realização de quatro
projetos que nunca saíram do papel.
A defesa de Brunelli afirmou que a
operação policial foi um equívoco. O advogado, Eduardo Toledo, afirmou na
sexta-feira que o pedido de prisão temporária era desnecessário já que o seu
cliente tem endereço fixo.
Depois disso, a defesa entrou com pedido
de habeas corpus e no TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e
Territórios) pedindo que, ao se entregar à polícia, ele ficasse em uma sala de
Estado-Maior, sem grades e com banheiro, que a polícia evite as algemas e que
não haja exposição desnecessária dele.
Oração da propina
O ex-deputado ficou conhecido pela
"oração da propina". Ele
foi flagrado em vídeo orando após receber dinheiro do esquema de propina das
mãos de Durval Barbosa, o delator do esquema do 'mensalão do DEM'. O esquema de
propina foi descoberto pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, que
aconteceu durante o mandato do então governador José Roberto Arruda (sem
partido), em 2009. Após a operação, Arruda foi preso e renunciou ao mandato. Aqui
no blog noticiamos o fato.
Renúncia
Em março de 2010, o deputado Júnior
Brunelli (na época filiado ao PSC) entregou à Mesa Diretora da CLDF (Câmara
Legislativa do Distrito Federal) sua carta renúncia ao cargo de deputado
distrital e escapou da cassação. Brunelli era alvo de processo por quebra de
decoro parlamentar por aparecer em um dos vídeos da operação Caixa de Pandora
recebendo dinheiro do ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa.
Um comentário:
E aí irmãos lembram-se do que falei em outro comentário, que a questão de ser corrupto não tem nada a ver em estar em evidência, mas é de falta de caráter mesmo.
Lembran-se que falei, que a Bíblia está cheia de histórias de homens e mulheres de Deus que sempre viveram em evidência sem nunca ser motivo de escândalo para Deus e seu povo.
Mas com certeza algum idiota, imbecil,alienado, covarde, frouxo, medroso, amante do dinheiro, um fantoche de carteirinha haverá de defender esse cidadão só porque tem o nome de "evangélico".
Como disse o saudoso, Rui Barbosa: De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver triunfar a desonra, de tanto ver se agigantar nas mãos dos maus o poder; o homen chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e, a ter vergonha de ser honesto.
Esse pensamento De Rui Barbosa se aplica muito bem a esses políticos corruptos bem como seus defensores.
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